Mato Grosso do Sul iniciou oficialmente o período de imunização do rebanho contra a febre aftosa, com estimativa de vacinar 21 mil cabeças. As equipes de técnicos do governo do Estado vão fiscalizar o período, com maior incidência na região de fronteira.
O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) Luciano Chiochetta, explica que o trabalho mais intenso precisa ser na região de fronteira e principalmente em assentamentos, aldeias e pequenas propriedades.
O Estado é livre da aftosa desde 2006, mas sob o status de manter a vacinação. O último foco foi em abril de 2006 e a imunização garante as vendas ao mercado externo. “Precisa ter uma vacinação efetiva e bem feita para que as portas da nossa carne fiquem abertas em todo o mundo”.
Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o o foco é manter o status de livre com vacinação que possibilita o aumento dos mercados internacionais. “É preciso ter consciência e segurança em relação ao rebanho, nossa carne é de excelência e temos que manter a vigilância para confirmar a qualidade principalmente depois da operação Carne Fraca”.
A região de fronteira é mais delicada devido a proximidade com outros países, como Paraguai e Bolívia. “No momento ainda não se deve retirar a vacinação porque precisamos de um tempo maior principalmente por causa dos vizinhos”, disse hoje.
Sem vacinação – As autoridades também discutiram sobre a hipótese de o Estado deixar de imunizar o gado contra a aftosa. O diretor da Iagro explica que o Ministério da Pecuária tem um plano com 16 metas para que retire as vacinas do país até 2021, mas isso não é um prazo, que pode ser adiado por mais 10 anos.
Para o secretário estadual Jaime Verruck, a a vacinação tem que atingir 100% do Estado e é preciso conscientizar os produtores para evitar os prejuizos do passado. “Temos a expectativa de que em três ou quatro anos o Estado não precise mais vacinar”.
Fonte: Campograndenews