Depois do Agro ter puxado o bom resultado do Produto Interno Bruto (PIB), mais uma vez o setor se destaca: agora com a geração de empregos em janeiro deste ano. O levantamento divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que foram 798 novos postos de trabalho, número quase três vezes maior que no mesmo período em 2017.
O relatório mostra também que a maior parte das contratações foi na atividade agrícola, mais precisamente no cultivo de cana-de-açúcar com 272 postos e o de soja com 257 novos empregos.
Para o presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, o resultado do Caged reforça que o agro é um setor de oportunidades. “A tecnologia empregada no Agro tem exigido trabalhadores capacitados. O levantamento mostra que, considerando a agropecuária, MS ocupa o 6º lugar no ranking nacional. São números expressivos que destacam a importância do setor para o desenvolvimento estadual e nacional”.
Saito pontua, ainda, que para suprir a demanda por mão de obra capacitada será inaugurado, em Campo Grande, o Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte do SENAR. “Com uma configuração modular moderna e laboratórios didáticos, o Centro capacitará técnicos para o mercado de trabalho”. A inauguração será realizada nesta quarta-feira (07), durante a Dinapec 2018, na Embrapa Gado de Corte.
De acordo com a análise do economista do Sistema Famasul, Luiz Gama, os números estão atrelados à temporada de colheita da oleaginosa e ao potencial do setor sucroenergético. “A soja hoje é o carro-chefe na geração bruta de valor de produção e estamos em plena colheita, logo é um período de mão de obra mais intensivo”.
Quanto ao perfil das contratações é possível observar que a maioria dos novos empregados na agropecuária sul-mato-grossense possui de 18 a 24 anos, ocupando 36,7% das vagas. Com um pouco menos, a faixa etária de 30 a 39 anos, com 29,4% postos.